Aumento da Taxa de Juros: A Opinião do Presidente

Durante uma entrevista a uma rádio, o presidente afirmou que "quando é necessário aumentar a taxa de juros, isso deve ser feito" e garantiu que "não há interferência do governo" nesta questão, referindo-se à taxa Selic, que está em 10,50% ao ano.

O presidente expressou sua frustração ao lembrar que ocupou o cargo por oito anos e que, na sua gestão, sempre contou com a liderança de um presidente do Banco Central. "Quando é preciso aumentar os juros, é preciso ter coragem para tomar essa decisão", explicou.

Ele também afirmou que, ao longo do tempo, não se deve esperar soluções mágicas na economia: "Toda vez que o presidente da República quis atuar como economista, o país não obteve bons resultados". O presidente relembrou que, ao final de seu mandato anterior, a economia cresceu 7,5% e houve uma significativa melhoria nos salários.

Além disso, o presidente anunciou planos de substituir o atual presidente do Banco Central e expressou a esperança de que, em breve, as taxas de juros comecem a cair. Ele ressaltou a importante relação entre a taxa de juros americana e a economia nacional.

Antes de fazer sua indicação para o novo presidente do Banco Central, o chefe de Estado pretende conversar com lideranças do Senado para garantir uma aprovação rápida e evitar desgastes políticos prolongados. Ele mencionou que a indicação deve passar pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Embora o presidente não tenha confirmado se o novo presidente da autoridade monetária será o atual diretor de política monetária, afirmou que a escolha deve recair sobre alguém de caráter forte e compromisso com o povo brasileiro.

Sobre suas críticas ao Banco Central e à sua liderança, o presidente esclareceu que sua discordância refere-se a questões de desempenho, e não a motivos pessoais. "O que me incomoda é o impacto que isso causa no país e no setor produtivo", comentou.

O presidente reiterou não entender os altos níveis atuais da taxa de juros, defendendo que, mesmo com a autonomia do Banco Central, este deve prestar contas ao povo.