“Justiça tardia: Marinheiros negros finalmente absolvidos após 80 anos de injustiça e motim explosivo por morte de colegas!”
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Marinheiros negros absolvidos após 80 anos por injustiça histórica
Recentemente, autoridades do governo dos Estados Unidos vieram a público para corrigir uma injustiça que perdurou por oito décadas: as condenações impostas a 50 marinheiros negros durante um episódio conhecido como o "Motim de Port Chicago". Este evento ocorreu em julho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, na Califórnia, quando um grupo de trabalhadores negros se recusou a continuar suas atividades no porto após uma explosão devastadora que resultou na morte de 320 operários, na maioria negros, devido a condições inseguras de trabalho.
A explosão aconteceu durante o carregamento do cargueiro SS EA Bryan, levando à interpretação por parte da Marinha Americana de que a recusa em trabalhar constituía um motim, resultando em severas punições para os envolvidos. Dentre os acusados, 50 marinheiros foram condenados e encarcerados, forçados a continuar suas funções sem remuneração e, posteriormente, demitidos de forma desonrosa.
Finalmente, após 80 anos, um reconhecimento formal foi feito, embora todos os condenados já tenham falecido. Em um comunicado, foi mencionado que essa ação representa o término de uma jornada difícil para os marinheiros e suas famílias, que serviram a uma nação que lhes negou direitos iguais.
A explosão resultou de descuidos nas normas de segurança, com trabalhadores carregando manualmente armas e munições. O incidente causou não apenas inúmeras mortes, mas também danos substanciais à infraestrutura da cidade. Nos dias seguintes à tragédia, mais de 200 trabalhadores se negaram a operar sob tais condições, resultando em uma resposta punitiva da Marinha.
A Corte Marcial, ao condenar os 50 envolvidos, também isentou seus supervisores de qualquer responsabilidade, evidenciando um dos mais marcantes casos de discriminação na história da Marinha. O recente ato de exonerar esses homens foi um passo significativo, ainda que tardio, na busca por justiça.