Incêndio devastador: Moinho no Paraná ressuscita após 4 anos em ruínas e promete revolução na produção!
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Moinho que Sofreu Incêndio no Paraná Retorna às Atividades Após Quatro Anos
Após quase quatro anos da destruição provocada por um incêndio, uma indústria de moagem localizada em Santo Antônio do Sudoeste, Paraná, voltou a operar no início deste mês. A reabertura foi possível graças a um investimento de R$ 15 milhões realizado pela filial da indústria em Dourados, Mato Grosso do Sul. A capacidade de produção do moinho passou de 150 toneladas por dia, anterior ao incêndio, para 200 toneladas atualmente.
O incêndio, que ocorreu na madrugada de 7 de outubro de 2020, danificou gravemente as máquinas da instalação, resultando na demissão dos 50 funcionários da unidade. Diante da situação, a alternativa encontrada pela administração foi arrendar um moinho em Dourados, região na qual tinham pouca experiência, para garantir a continuidade das operações.
Subsequentemente, surgiu a oportunidade de aquisição do moinho arrendado, localizado próximo à rodovia BR-163, a 567 quilômetros da planta original. Contudo, a equipe enfrentou desafios quanto à aquisição de matéria-prima, uma vez que o Estado conta com um número limitado de produtores de trigo, com a maioria focando na produção de soja e milho. Além disso, a falta de sementes adaptadas ao clima e a necessidade de trabalho intenso de pré-limpeza das cargas recebidas eram complicações adicionais.
Uma mudança positiva foi a implementação de parcelas de cultivares desenvolvidas nos últimos anos, que garantem maior qualidade ao trigo produzido na região. Embora o grão chegue ao moinho com uma umidade de 12%, inferior aos 18% dos provenientes do Paraná, a região mais quente de Dourados exige um controle rigoroso contra pragas, necessitando de paradas periódicas para o controle de carunchos.
O moinho localizado em Dourados possui capacidade para moer 90 toneladas por dia e armazenar apenas mil toneladas. Em virtude disso, um projeto está em andamento para aumentar a capacidade de armazenamento para 30 mil toneladas, com um investimento previsto de R$ 40 milhões. A unidade processa a maior parte do trigo destina-do à panificação, com um controle rigoroso de qualidade nas cargas recebidas, que são inspe-cionadas antes de serem processadas.
Atualmente, a unidade em Dourados atende a demanda de padarias e indústrias do Centro-Oeste e Rondônia, enquanto a unidade paranaense abastece diversos estados, inclusive Santa Catarina e São Paulo. A instabilidade climática, como a seca enfrentada este ano, impactou a produtividade das lavouras de trigo na região, resultando na necessidade de se importar mais trigo e vir de outros estados.