Rússia recruta trabalhadores para escavar trincheiras em Kursk

A Rússia está oferecendo vagas para escavar trincheiras na região de Kursk, com salários que podem chegar a R$ 22 mil. Essa iniciativa foi anunciada pouco após o início de uma ofensiva por parte da Ucrânia, que já avançou mais de 11 km dentro do território russo, além de capturar dezenas de soldados inimigos e forçar mais de 132 mil civis a deixar a região.

Contexto da ofensiva ucraniana

Após o início da invasão no dia 6 de agosto, portais de emprego russos começaram a divulgar as oportunidades para "trabalhadores gerais" dispostos a cavar fortificações na área, com salários que variam entre 150.000 e 371.000 rublos. As informações recentes indicam que o exército ucraniano estabeleceu uma administração militar nos territórios sob seu controle para garantir a ordem e atender às necessidades da população local.

Relatos indicam que, nos dias seguintes ao ataque, soldados russos estavam cavando trincheiras perto da Usina Nuclear de Kursk, em preparação para o avanço das forças ucranianas. Segundo analistas, as fortificações russas na fronteira têm se mostrado escassas e insuficientes para conter os avanços ucranianos.

Desafios enfrentados pela Rússia

A Ucrânia anunciou ter tomado o controle de 82 localidades, abrangendo uma área de 1.150 km². Além disso, as autoridades russas afirmaram ter repelido tentativas das forças ucranianas em cinco localidades. Todo esse cenário ocorreu após declarações do presidente ucraniano, que confirmou a continuidade das ações das suas tropas na região.

Recentemente, a região russa de Belgorod instaurou estado de emergência devido a intensos bombardeios das forças ucranianas. O governador local descreveu a situação como "extremamente difícil e tensa", reportando mortes e destruições em áreas civis. Para aumentar a segurança da população e oferecer apoio, medidas de emergência foram implementadas.

Analistas observam que, enquanto isso, a Ucrânia continua a buscar maneiras de aliviar a pressão sobre suas próprias tropas. Entretanto, é incerto se os recentes movimentos de tropas russas resultarão em melhoria para a situação, já que há indícios de que não houve realocação significativa de tropas do leste da Ucrânia, onde a Rússia tem avançado nos meses recentes.