Desemprego e Alta dos Preços: Alimentação e Bebidas Rodam Abaixo de Zero e Surpreendem Economia com Deflação de 0,80% em Agosto!
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IPCA-15: Alimentação e Bebidas Aceleram Deflação em Agosto
A deflação nos preços de alimentação e bebidas subiu de 0,44% em julho para 0,80% em agosto, conforme indicado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15, que serve como prévia do índice oficial no Brasil. No subgrupo alimentação no domicílio, a deflação foi ainda mais pronunciada, passando de -0,70% em julho para -1,30% em agosto. No total, a inflação desacelerou de um aumento de 0,30% em julho para 0,19% em agosto.
Cinco dos sete itens que mais contribuíram para a redução do índice foram relacionados a alimentos. O maior impacto veio de um item específico, que viu seus preços caírem 26,59%, causando uma influência de -0,08 ponto percentual no índice. Para ilustrar, caso o preço desse item tivesse permanecido estável, a inflação teria sido de 0,27% em vez de 0,19%.
Outro item que influenciou a deflação foi um tubérculo, cujo preço teve uma redução de 13,13%, resultando em um impacto negativo de -0,04 ponto percentual. Outros alimentos que também tiveram quedas significativas em seus preços incluem um determinado produto que caiu 11,22% e influenciou o índice em -0,03 ponto percentual; um outro com recuo de 25,06%, com um impacto de -0,02 ponto percentual; e um produto de longa duração, onde o preço caiu 2,15%, afetando o índice em -0,02 ponto percentual.
Em contrapartida, a alimentação fora do domicílio apresentou um aumento de 0,49% no preço, superando os 0,25% de julho. Esse aumento foi impulsionado por maiores altas no preço de lanches e refeições, que passaram de 0,24% para 0,76% e de 0,23% para 0,37%, respectivamente.
Em uma análise anterior do IPCA de julho, que também indicou deflação nos preços de alimentos, foi destacado que essa redução era atribuída a melhores condições climáticas e à intensificação da safra. A maior oferta de alimentos foi observada em produtos como o tubérculo e outros itens correlatos.
Adicionalmente, a aproximação do final do mês tende a enfraquecer a demanda por produtos, enquanto um fenômeno climático pode afetar negativamente as lavouras que estão em fase reprodutiva. As condições adversas podem levar a uma diminuição na produtividade da cana-de-açúcar, especialmente devido à falta de chuvas. Por outro lado, a demanda aquecida beneficia os pecuaristas, elevando os preços da arroba. Preços de cacau, suco de laranja e algodão também estão operando em queda.