Soja e milho apresentam quedas na bolsa de Chicago

Trigo se mantém estável na abertura do mercado

Os contratos futuros de soja e milho recuaram nas negociações desta terça-feira, enquanto o trigo apresentou estabilidade. Os contratos de soja com entrega para setembro caíram 0,18%, cotados a US$ 9,5450 por bushel. Durante o mês de agosto, o preço da soja brasileira subiu 0,7% em relação ao mês anterior, com a desvalorização da moeda local tendo um papel determinante neste ajuste. As exportações brasileiras de soja em julho de 2024 somaram 11,2 milhões de toneladas métricas, representando uma queda de 16% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, as exportações estão 4% acima do volume do ano anterior, apesar da redução na produção para a temporada 2023/24.

Os contratos de milho para dezembro registraram uma queda de 0,31%, cotados a US$ 3,9900 por bushel. Em agosto, os preços do milho aumentaram 4% em comparação ao mês anterior. A desvalorização do real também contribuiu para a valorização dos preços do grão neste mês. As exportações brasileiras de milho em julho totalizaram 3,6 milhões de toneladas métricas, uma redução de 16% em relação a julho de 2023. As exportações acumuladas até o momento estão 25% abaixo do volume do ano passado. A menor produção no Brasil e a maior safra na Argentina têm levado o mercado a buscar fontes alternativas mais econômicas.

Os contratos de trigo para setembro se mantiveram estáveis a US$ 5,2850 por bushel. Muitas áreas produtoras de safrinha estão enfrentando condições de seca, e eventos de geada na Região Sul estão impactando a saúde da safra do cereal. A quantidade de etanol hidratado comercializada em agosto já superou em mais de 100% a venda realizada no mesmo período de 2023.

A entrada significativa de trigo importado tem pressionado os preços no mercado interno, enquanto a escassez de produção, acentuada pelo frio que retardou a maturação, tem gerado oscilações nos preços. Mudanças climáticas, políticas comerciais e as tendências de demanda são fatores que influenciam essas variações. Apesar dos desafios de transporte para a produção, especialmente em municípios próximos aos principais portos, o setor agropecuário continua buscando alternativas para a logística eficiente das mercadorias.